Depois de muitos erros, testes e observações, alguns ajustes bem pontuais mudaram completamente a forma como nossas suculentas e cactos se desenvolvem. Não é milagre — é técnica, cuidado e constância. Aqui estão os 5 fatores mais importantes que fizeram diferença na nossa estufa.

Mulher em estufa de cactos e suculentas com arranjo criativo em vaso no formato de kombi rosa, destacando o cultivo criativo de suculentas

1. Substrato bem estruturado

A troca do substrato foi um dos primeiros e mais impactantes passos. Deixamos de usar misturas “prontas” e passamos a montar o nosso próprio, com foco em drenagem e aeração. Também usamos o substrato Estrela Gaúcha, que apresentou excelente desempenho na base de vasos maiores e como parte de composições drenantes em algumas linhas de cultivo.

O que usamos hoje na estufa:

  • Terra vegetal de qualidade (sem excesso de matéria orgânica);
  • Carvão moído (ajuda a segurar nutrientes e previne fungos);
  • Casca de arroz carbonizada (drena e oxigena);
  • Perlita (deixa o substrato leve e solto);
  • Biochar (melhora a estrutura, segura umidade na medida certa e favorece a vida microbiana).

→ Resultado: raízes mais saudáveis, crescimento na medida certa e saudável e menos problemas com podridão.

Quer se aprofundar mais sobre esse tema? Temos um aulão completo sobre substratos para suculentas e cactos.

2. Adubação frequente e específica

Antes, adubávamos pouco e com produtos genéricos. Hoje, seguimos uma rotina de adubação planejada, com nutrientes próprios para suculentas e cactos.

Na prática, usamos:

  • Bioflores ou outro adubo agroecológico com baixa concentração de nitrogênio;
  • Fosfito (a cada 20 dias), que reforça a imunidade da planta e age preventivamente contra fungos;
  • Evitamos adubos com muito nitrogênio (N), que deixam as plantas verdes demais e estioladas.

→ Resultado: plantas compactas, coloridas, com floração mais frequente e mais resistentes a doenças.

Arranjo de suculentas vermelhas e verdes em bacia rústica, cercado por cactos em vasos, mostrando diversidade no cultivo de cactos e suculentas.

3. Uso da terra de diatomáceas

Esse foi um divisor de águas. A terra de diatomáceas reforça a parede celular da planta com sílica, funcionando como um escudo natural.

Como aplicamos:

  • Polvilhada sobre o substrato, formando uma camada fina, misturada ao substrato (na proporção de 1 colher de sopa por litro de substrato) ou diluída em água e pulverizada (1 colher de sopa por litro de água);
  • Reaplicada após regas ou chuvas fortes.

→ Resultado: menos ataque de cochonilhas, plantas mais firmes, menos fungos no solo e aspecto geral muito mais saudável.

4. Rega inteligente: nem demais, nem de menos

O erro mais comum é regar por rotina, e não por observação. A gente mudou isso por aqui: só regamos quando o substrato está completamente seco — seja no vaso, floreira ou bacia.

Nosso padrão:

  • No verão, regamos cerca de 1 a 2 vezes por semana;
  • No inverno, às vezes passamos até 15 dias sem regar;
  • Regamos com regador fino, direto no substrato (nunca nas folhas).

→ Resultado: plantas sem fungos, sem podridão, com raízes que buscam profundidade e se desenvolvem bem.

Close de suculentas em formato de roseta, cultivadas em vaso pequeno, exemplo de cultivo de cactos e suculentas em espaços reduzidos.

5. Luminosidade certa para cada tipo

Muita planta sofria por estar no lugar errado. Hoje, organizamos a estufa por grupos, de acordo com a necessidade de sol de cada espécie. Algumas espécies ficam posicionadas de forma que pegam luminosidade o dia inteiro, o que contribui para sua coloração intensa e crescimento equilibrado.

Como ajustamos:

  • Plantas de sol pleno (como echeverias compactas, cactos colunares) ficam na parte frontal da estufa, onde pegam luminosidade o dia inteiro;
  • As que gostam de meia sombra (como haworthias, gasterias, ripsalis) ficam na parte mais protegida;
  • Usamos apenas o aluminete no verão, que reflete parte da luz e reduz a temperatura dentro da estufa, além da lona de 150 micras que garante vedação e proteção térmica.

→ Resultado: plantas mais coloridas, menos estioladas e com crescimento natural e proporcional.

Mulher sorridente segurando duas suculentas em estufa cheia de plantas, demonstrando o resultado de um cultivo de cactos e suculentas bem feito.

Conclusão: o que aprendemos sobre cultivo de suculentas e cactos

Esses 5 fatores mudaram nosso cultivo de verdade. Hoje, nossas suculentas e cactos estão mais bonitos, resistentes, florindo com mais frequência e muito mais saudáveis. E o melhor: tudo isso pode ser aplicado em casa!

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Última Atualização: 6 de junho de 2025