5 Mitos Sobre Cactos Que Você Precisa Deixar de Acreditar!

Os cactos são plantas fascinantes e altamente adaptáveis, mas ao longo do tempo, muitas crenças equivocadas surgiram sobre eles. Essas ideias erradas podem levar a erros no cultivo e até mesmo impedir que essas plantas sejam apreciadas em todo seu potencial.

Neste post, vamos esclarecer cinco mitos comuns sobre os cactos, trazendo informações corretas para quem deseja cultivá-los da melhor forma possível.

Sumário

• 1. “Todos os cactos têm espinhos”
• 2. “Cactos só vivem no deserto”
• 3. “Cactos precisam de pouca luz”
• 4. “Cactos não precisam de água”
• 5. “Cactos não florescem facilmente”
• Conclusão

1. “Todos os cactos têm espinhos”

Esse é um dos mitos mais populares. A maioria das pessoas imagina cactos como plantas repletas de espinhos longos e afiados, mas nem todas as espécies apresentam essa característica.

Embora os espinhos sejam uma adaptação comum para defesa e conservação de água, alguns cactos evoluíram de forma diferente. Existem espécies que possuem apenas pêlos finos, tricomas ou pequenas protuberâncias chamadas tubérculos, sem desenvolver espinhos tradicionais.

Exemplos de cactos sem espinhos incluem:

• Lophophora williamsii (Peyote): Possui um caule arredondado e liso, sem espinhos.
• Astrophytum asterias: Um cacto globular que pode apresentar apenas pequenos pontos brancos no lugar dos espinhos.
• Cephalocereus senilis (Cacto Cabeça-de-Velho): Possui tricomas brancos que cobrem seus espinhos, dando a aparência de pêlos.

Se você gosta de cactos, mas não quer lidar com espinhos, existem opções perfeitas para você.

2. “Cactos só vivem no deserto”

Outro equívoco comum é pensar que todos os cactos pertencem exclusivamente a ambientes áridos e desérticos. Embora muitas espécies prosperem em condições secas e quentes, a família Cactaceae é extremamente diversa e pode ser encontrada em vários ecossistemas, incluindo florestas tropicais, montanhas e até regiões costeiras.

Alguns cactos adaptados a climas tropicais incluem:

• Schlumbergera (Cacto de Natal, Cacto de Páscoa): Cresce em florestas tropicais do Brasil, como epífita em árvores.
• Rhipsalis (Cacto Macarrão): Originário de florestas úmidas da América do Sul e África.
• Hylocereus (Pitaya): Popular pelo fruto “fruta do dragão”, cresce em regiões tropicais úmidas.

Isso mostra que os cactos são mestres da adaptação, podendo viver em locais muito diferentes do que costumamos imaginar.

3. “Cactos precisam de pouca luz”

Muita gente acredita que cactos podem ser cultivados em qualquer lugar, inclusive dentro de casa, longe de janelas ou fontes de luz. Esse é um dos erros mais comuns no cultivo dessas plantas.

A maioria dos cactos precisa de muita luz para crescer de forma saudável. A falta de luz causa etiolação, um fenômeno onde a planta fica alongada e frágil, tentando buscar mais luz. Se você já viu um cacto crescendo de maneira fina e inclinada, provavelmente ele não está recebendo iluminação suficiente.

No entanto, existem algumas exceções. Os cactos epífitos, como os do gênero Schlumbergera e Rhipsalis, são adaptados a crescer em árvores e recebem luz indireta, sendo mais tolerantes a locais com sombra parcial.

Dicas para garantir a melhor iluminação para seu cacto:

• Posicione-o próximo a uma janela bem iluminada.
• Se possível, exponha-o ao sol por algumas horas diariamente.
• Em ambientes internos com pouca luz, considere o uso de luzes artificiais para plantas.

4. “Cactos não precisam de água”

Esse é um dos mitos mais perigosos. Muitas pessoas acham que cactos nunca devem ser regados, o que pode levar a um cultivo inadequado e até à morte da planta.

Embora os cactos sejam especialistas em armazenar água, isso não significa que podem viver sem ela. Eles ainda precisam de uma rega equilibrada para sobreviver e crescer.

Dicas para rega adequada:

• No verão, quando as temperaturas estão mais altas, a evaporação é maior e o cacto pode precisar de água a cada 7 a 10 dias.
• No inverno, muitas espécies entram em dormência, reduzindo seu metabolismo. Nesse período, a rega pode ser espaçada para uma vez por mês ou até menos.
• Sempre verifique se o substrato está seco antes de regar novamente.

5. “Cactos não florescem facilmente”

Muita gente acredita que cactos raramente florescem, mas a verdade é que, com os cuidados adequados, muitos cactos produzem flores belíssimas e vibrantes.

Para estimular a floração, os cactos precisam de uma adubação equilibrada, especialmente com fósforo (P) e potássio (K), nutrientes essenciais para o desenvolvimento das flores. Confira o adubo ideal para seus cactos aqui.

Outros fatores essenciais para a floração dos cactos:

• Luz adequada: Cactos precisam de bastante luz solar para produzir flores. Quanto mais sol, maior a chance de florescimento.
• Substrato correto: O solo deve ser leve, bem drenado e rico em minerais. Um substrato pobre pode dificultar o crescimento da planta.
• Rega equilibrada: O excesso ou a falta de água pode prejudicar a floração. O ideal é manter um equilíbrio, sem encharcamento.
• Período de dormência: Algumas espécies precisam passar pelo inverno com pouca água e temperaturas mais baixas para florescer na primavera ou verão.

Alguns cactos conhecidos por sua bela floração são:

• Gymnocalycium – Produz flores vibrantes facilmente.
• Echinopsis – Suas flores são grandes e podem ter diversas cores.
• Mammillaria – Pequenas flores encantadoras ao redor do caule.

Se você deseja ver seu cacto florindo, forneça as condições certas e tenha paciência. Algumas espécies levam anos para florescer, mas quando acontece, vale muito a pena.

Conclusão

Agora que esses mitos foram desmascarados, você pode cultivar seus cactos com mais segurança e confiança. Quer aprender mais? Confira nosso post completo sobre cuidados: Como Cuidar de Cactos: Guia Completo. Qual desses mitos você já acreditou? Comente abaixo.